O Rock, vertente do Blues, nasceu
por volta de 1929 com a banda Fast Domino, na qual fazia parte o guitarrista Chucky
Berry que arrasava em seus solos. Esse som vinha do gueto dos EUA e era
restritamente proibida a burguesia. Esse ritmo eletrizante era tachado de
demoníaco pela sociedade conservadora americana, e ao olhar deles, deveria ser
a todo custo evitado. Para a surpresa de muitos, ali pela década de 50, aparece
um garoto, olhos e pele clara, voz potente e dança desconcertante: Elvis
Presley. Nascia o primeiro pop star
do planeta, o Rei do Rock. Com Elvis, o Rock chegou com todo vigor ao público
branco. Já não tinha mais volta. A semente da rebeldia estava ali, e uma música
poderosa, capaz de mudar comportamentos e influenciar gerações. Nos anos 60, a
cena do consumismo entra em ação: a mídia. A mídia ditando regras e mais
regras. O que comprar e o que assistir. O modo de falar e de se comportar. Além
do que, era um momento pós-guerras (Guerra Fria). Então, o jovem da época para
se expressar, ao invés de armas, utilizou-se de guitarras. As bandas, em suas
letras falavam de rebeldia, engajamento político e poesia. Naquele tempo as
drogas eram comuns no Rock, sendo usada para que os jovens encontrassem uma
forma de expressar seus anseios. Um consumista voraz das drogas era Jim
Morrison (vocalista da banda The Doors), ele acabou morrendo de overdose, aos
27 anos, em Paris. Outro americano que também foi fundo nas drogas e morreu de
overdose, aos 27 anos, foi o gênio da guitarra Jimi Hendrix. Uma febre que
explodiu nos anos 60 foram Os Beatles. Essa foi uma banda marcante, não porque
estavam fazendo algo de extraordinário no meio artístico, mas sim, somente pelo
fato de que eram bonitinhos e agradaram o gosto das mocinhas da época. De
terninho e sorrisinhos, eles chegaram e instalaram um lado mais Pop Rock (com
acordes simples e batidas um tanto dançante e romântica). Nessa mesma época,
outra banda veio com uma jogada de marketing: Rolling Stones. Os Stones vieram
com a parte mais rebelde do Rock, "um Blues de raiz", os durões
acabavam por encarnar a rebeldia que se espera de uma banda de Rock. Ainda em
60, veio o movimento Hippie que defendia os valores da natureza, divulgava a paz
e o amor livre (no sentido de amar o próximo ou praticar atividade sexual
bastante libertária). Outro aspecto valorizado era o uso de drogas, como o LSD
que não era considerado perigoso e sim algo que, juntamente com a música, os
ajudavam a abrir a mente. Um ato que revolucionou a cena do Rock foi o Festival
Woodstock que reuniu mais de 500 mil pessoas. Tocaram bandas como Janis Joplin,
Jimi Hendrix e Amazing Grace. Na Inglaterra, década de 70, nascia o Punk Rock
dos Sex Pistols. Eles são considerados traidores do movimento porque Malcom
Maclaren, que já tinha sido empresário dos Dolls e era dono de uma loja de
roupas que mais parecia um sex shop, contratou a banda pra vender seu estilo. Logo,
camisetas rasgadas, alfinetes de segurança, cabelos coloridos, arrepiados ou ao
estilo índio moicano eram a moda dos rebeldes londrinos. Só para deixar bem
claro, Punks não se relacionam necessariamente com anarquismo. Anarquismo é
postura política enquanto o rótulo Punk é comportamental e cultural. O
anarquismo nasceu da revolução industrial, que tinha por objetivo mudar as
condições de vida da população, destruir o capitalismo e mudar o mundo.
Voltando a falar sobre a história do Rock, em 1973, uma das bandas que
estouraram foi a Pink Floyd. Seu som era psicodélico e viajante, suas letras
tinham composições de 15 minutos e chegava a ser erudita. Led Zeppelin também
seguiu mais ou menos esse estilo. Já em Nova Iorque, havia um lugar onde nasceu
a banda The Ramones e a banda Velvet Underground, o CBGB. Era um bar no qual se
apresentavam bandas que tocavam Punk Rock, Blues e Country. O lugar tornou-se
berço do Punk Rock em 1977 e lançou algumas bandas de Rock brasileiro como
Supla e Ratos de Porão. Outra vertente dessa década era o Heavy Metal do Black
Sabbath (ou Ozzy Osbourne) protagonista do som pesado e letras satânicas, o que
moveu uma legião de fãs. A partir de Black Sabbath, nasceu Judas Priest,
Scorpions, Iron Maiden, Kiss, Alice Cooper, AC/DC e muitos outros que usavam
jaqueta de couro, anéis, arrebites e cabelos compridos. Anos 80, daquela
ressaca de Rock´n roll, nascem o Pós-Punk e o Gothico. As letras já não falavam
mais sobre a política, rebeldia e realidade da sociedade, mas sim, da
melancolia, do sombrio e da solidão humana. Com certeza, as três bandas mais
famosas nos anos 80 foram The Cure, The Smiths e U2. A The Cure tinha aquele
visual dark, só usava roupa preta, batons escuros, maquiagem e cabelos
arrepiados. The Smiths, considerada por muitos como a melhor banda dos 80,
apostava no lirismo das letras de Morrissey, no qual a juventude se
identificava. Por fim, os irlandeses da U2, que desde o começo traziam uma
preocupação política nas letras como em Sunday Blood Sunday.
No fim dos anos 80, surge um
movimento que buscava ser contra a cultura de massa, contra os padrões da
indústria e visava à disseminação de conhecimento sobre a realidade da
sociedade: O Movimento Underground. Esse movimento foi criado por indivíduos
vindos das artes, da música, da literatura e do teatro, que estavam à procura
de fuga dos padrões comerciais. Está ligado à cultura Rock e suas vertentes.
Mas uma das mais importantes vertentes estava por vir, o Grunge. Garotos que
não estavam nem aí para o visual, vestiam jeans rasgado, camisas de flanela
quadriculada e faziam um som alternativo, em pequenos clubes e bares da cidade.
O que parecia um movimento Underground isolado, em pouco tempo, vira o Mainstream
(algo que está disponível ao público geral). A pequena gravadora independente Sub
Pop lança, em 89, o disco Bleach que é o primeiro desses meninos, e os garotos
eram o Nirvana. Em menos de dois anos, a banda liderada por Kurt Cobain sai de
Seattle para o mundo e, em 91, lançam o álbum mais importante da década:
Nervermind. O Grunge explode e vira moda e atitude para milhões de
adolescentes. O movimento ainda tinha Pearl Jam, Mudhoney, Soundgarten e Alice
in Chains, todas de Seattle. Pronto, a geração de 90 já tinha o seu som
garantido. As drogas tornam-se cada vez mais constantes. Seguindo o destino
trágico da família (dois de seus tios se mataram), o ídolo de milhões de jovens
suicida-se aos 27 anos com um tiro de espingarda. Era o fim do Grunge. Rock dos
anos 2000: A virada de século foi um tormento no mundo musical. Logo no início,
fizeram sucesso bandas como Raimundos, The Strokes e Angra. Mas, apesar disso,
a mídia com o passar daquela febre do Rock´n roll, começou a lançar bandas como
Fresno, NX Zero, Restart e Cine, que ousam dizer que são Rock, para destruir
com a sua verdadeira identidade: Rebeldia em cada acorde.
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Ozzy Osbourne |
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The Ramones |
ah o bom e velho rock'n roll !!! xD
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